Considero-me uma pessoa sem muitas distrações no meu dia a dia o que me leva a ser uma pessoa bastante observadora, introspetiva, unbiased e pensadora sobre o que me rodeia. Quando, na aula, surgiu a questão sobre “O que distingue a profissão de professor das demais?”. Resposta de solução imediata, mesmo assim falhei, em verdade a resposta está lá, porque é a única profissão que tem experiências acumuladas no ensino.
“Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.” - Richard Bach
“Professor é a única profissão que já foi aluno, é a característica que a distingue das demais profissões.”
O Professor de TIC tem de ter conhecimento pedagógico do conteúdo (currículo) que o distingue do analista programador informático, em cima de todas as outras caraterísticas inerentes às outras áreas de ensino:
Pedagogia Paciência Resiliência Conhecer os alunos
O objetivo é que os professores transformem os conhecimentos do conteúdo (currículo) para conhecimentos ensináveis com o objetivo de evitar o ensino sem aprendizagem.
Fiz parte da segunda formação de técnico-profissionais de Portugal, pelo programa iniciado pelo então ministro José Augusto Seabra em 1985. Tive o privilégio de conviver com este Pedagogo (como se auto intitulava) cerca de 10 a 14 horas por semana (carga horária dos TP era bastante superior ao Secundário via ensino) entre 1986 e 1989. “Ele” era o nosso professor da primária, na antecâmera da vida profissional e académica superior. Amigo, companheiro, rígido, flexível, exigente e sábio, tinha o domínio completo do conhecimento sobre o mundo dos sistemas, projetos, analise e programação informática e conseguia transformar toda a sua experiência em conhecimentos ensináveis (só queriamos programar como “Ele”). Incutia um sentido de competitividade avassalador na turma, mas os alunos que acabavam os seus trabalhos e os melhores, tinham a obrigação de ir ajudar os restantes colegas, nestas alturas deixava-nos sozinhos na sala algumas horas para “Ele” avaliar o antes e depois (tínhamos 4horas de aulas seguidas de informática). Como este curso e esta experiência de Técnico Profissionais, deveria ser uma referência para o mercado de trabalho foi escolhida uma “equipa de sonho” em termos de docentes na área de informática sendo que a grande maior parte eram à data, investigadores do INESC Norte, um deles bastante conhecido do público. Recordo que um dos aspetos que “Ele” mais lutava e insistia connosco era de que nós tínhamos a responsabilidade de sermos excelentes profissionais, com ética, responsáveis e esforçados, pois em causa estava o futuro de quem fosse frequentar o curso posteriormente. Dar boa reputação ao curso acima de tudo!
“Ele” não foi um professor! Foi um super-heroi 🎯
Como fui dos melhores alunos do curso comecei a minha vida profissional aos 17 anos como bolseiro de investigação num projeto do INESC junto com outros colegas. No INESC tive também o meu único contacto com o ensino como formador de sistemas operativos e linguagens de programação durante 5 anos (os bolseiros como “ganhavam pouco” tinham prioridade nos cursos de formação)
O que gostaria de lhe dizer se o/a visse hoje (email, sms , carta, etc.)?
Gostava de lhe mostrar as coisas incríveis que fiz como analista programador durante 33 anos, para “Ele” saber que o ensino dele deu frutos, que moveram e criaram valor acrescentado para a sociedade.
Como seria de todo injusto falar apenas de um Professor, Deixo esta pequena memória Honrosa e Tributo a outros notáveis que me parece justa.
Descrevo a entrada do colega como muito interessante e com bom conteúdo. Recorda a forma importante como o professor marcou o seu percurso, mostra com diferentes adjetivos as qualidades seu do docente do 10º ano e apresenta-o como o “professor da primária na antecâmera da vida profissional e académica superior”, ou seja, que de certa forma o preparou para o mundo do trabalho e para o futuro.
Valorizei também o quadro final da sua entrada em que faz referência a diferentes entidades mostrando que durante o seu percurso não teve apenas um professor marcante, mas sim vários. Certamente cada professor nos deixa uma marca, uns pela positiva outros nem tanto assim, contudo o colega durante o seu percurso presenciou variadas experiências positivas e necessitou relembrá-las.
Sei que correm muitas histórias sobre avaliação, mas na minha opinião, não passam de mitos urbanos, que ainda têm origem na altura da ditadura.
Como todo o meu percurso académico se deu em liberdade, todas as avaliações que tive sempre foram justas. Quando tive negativas, sempre tive noção que foi porque não me esforcei o suficiente. As positivas deveram-se ao meu trabalho e empenho.
Episódio marcante tive, mas relacionado com o perfil de professor. Apesar do curso técnico profissional que frequentei como referi anteriormente o casting de Professores foi excelente, mas trazer uma Professora recém-licenciada em matemática para uma turma de 42 rapazes (alguns com idade perto da “Dela”) e nenhuma rapariga, não foi muito acertada 😄
Não, que tivessemos sido indelicados, muito menos desrespeitosos, mas notava-se que “Ela” não se sentia à vontade, realmente toda a situação era estranha e isso teve efeito nos seus ensinamentos. E a partir dai quem passa sem entender “derivadas” depois na faculdade vai ter problema com “integrais”……
Hoje, “Ela” é Professora na Faculdade de Economia do Porto com vários estudos interessantes acerca de “Risks of Extreme Events” e com toda a sua experiência hoje em dia, não teria problemas em encarar uma turma de 42 rapazes.
A avaliação interna, que foi sendo feita por Ron Clark ao longo do ano letivo foi determinante para aferir as dificuldades de aprendizagem dos alunos e dos seus próprios métodos de ensino de forma a adaptar tanto métodos de ensino, bem como aferir as dificuldades dos vários alunos nas várias disciplinas para assim terem a hipótese de melhorar as suas aprendizagens para alcançar o sucesso na avaliação externa das aprendizagens.
O que (me) diz o filme sobre “ser professor”?
Pode ser uma profissão bastante enriquecedora profissional e pessoalmente na função social que, considero a mais importante:
O EnsinoComo desafiante, dependendo da forma como se encara as adversidades.
Que título daria ao filme? Porquê?
Top 55 teachings Featured review: O principal arco narrativo è “Cinderella” com vários “Man in a hole”, a narrativa secundária “Rags to riches” em que narra o protagonista desde a amizade ao namoro com “Marissa Veja” para agradar ao público feminino.
Porque no filme, não foi incluída uma outra narrativa secundária acompanhando a escrita do livro “55 essentials” já que o espaço temporal entre a escrita do livro e a altura da ação não é clara.
A escrita do livro poderia perfeitamente ser conjugada com o desenrolar do arco narrativo principal, logo não iria parecer erro de anotação e as regras de sala de aula seriam mais vincadas, visíveis e conotadas durante vários momentos do filme, para melhor retenção na audiência na nessidade da aceitação e cumprimento das regras.
O livro não merecia de todo, os magros 8 segundos e já depois do final do filme!
Dai eu ter escolhido Top 55 teachings para chamar a atenção ao cumprimento das regras que devem ser cumpridas nas escolas, mas também fora da escola.
Análise em grupo
55 Essentials de Ron Clarkna aula ninguém mencionou até a minha intervenção!
Talvez porque a referência ao livro apenas aparece já depois do final.
Considerando a complexidade do conceito de currículo, como o definiria neste momento?
O currículo é uma conjunto de aprendizagens consideradas essências balizadas pelo PASEO, para que os alunos consigam atingir o seu máximo potencial pessoal e assim quando profissionais poderem contribuir para a sociedade como um todo. O currículo é o guia central para todos os professores quanto ao essencial para o ensino e a aprendizagem. A estrutura, organização e considerações no currículo são criadas a fim de melhorar o desempenho dos alunos na aprendizagem. O currículo tem de incluir os objetivos e avaliações necessários para apoiar efetivamente a sua aplicação.
Qual a definição que melhor traduz a minha visão sobre o que é o currículo e porquê?
“O currículo não é apenas um conjunto de planos a ser implementados, mas é antes constituído através de um processo ativo onde o planear, o agir e o avaliar estão reciprocamente relacionados e integrados” (Grundy, 1987, p.115)
Esta foi a frase com que mais me identifiquei, porque é a única frase que elenca cabalmente que avaliação também faz parte do currículo.
A Avaliação é um componente imprescindível na determinação das notas escolares, pois fornece informação sobre o desempenho dos alunos e ajuda a identificar pontos fortes e fracos. A avaliação deve ser objetiva, justa e equitativa para garantir resultados precisos e confiáveis, se as avaliações não forem aferidas corretamente então todo o processo está em causa, incluindo até o Currículo.
Os testes e os exames constituem as de mais justas, mais adequadas e mais fiáveis?Estes foram os temas abordados no debate
Avaliação – Teste e exames constituem a avaliação mais justa?
Avaliação por testes e exames é mais rápida, prática; a experiência em aula, trabalhos de grupo e outras formas de avaliação são mais enriquecedoras.
As especificidades dos alunos e a subjetividade leva a erros ou dificuldades da equidade.
Os testes ajudam a comunicar aos pais o aproveitamento dos alunos.
A avaliação formativa e baseada em projetos, acaba por analisar e incentivar outras competências.
Lei de Gauss – A constante macabra – A predefinição e subjetividade de correção e classificação, a justiça dos testes é subjetiva e frágil.
Na minha opinião a antitese ganhou porque existem outros instrumentos de avaliação e que já existiam no meu tempo de estudante, nomeadamente: Trabalhos de grupo, trabalhos individuais, questões de aula, fichas de leitura de livros, participação nas aulas, comportamento, etc...